Heróis do Meu Sertâo
Bado Di Barbosa
Eu me lembrei de seu Alexandrino, de seu Zeca e seu Betinho
Vaqueiros do meu sertão
Como esquecer Raimundo Jacó, João de Seu Vardim
Eugênio e seu Nonô
Homens tementes, coragem nunca faltou
Coisa linda de ouvir era o canto aboiador
No meio do pasto aboiava o gado vinha
Rodava os bichos pra saber se algum faltou
Dentro do mato boi brabo pegava a unha
Unhado não desgrudava do boi que arremeteu
Todo encorado gibão, perneira, chapéu
Cada barbatão pegado era um troféu
Êh boi, êh vaqueiro, montado em seu alazão
Êh boi, êh vaqueiro, o herói do meu sertão
Eu me recordo quando a boiada passava
A cachorrada latia e o chocalho badalava
Do poeirão surgia todo imponente
Montado no seu cavalo, o vaqueiro a galopar
A meninada corria para o terreiro
Pra ver o vaqueiro passar
Mamãe gritava da janela
Olhe o boi de careta corre que vai te pegar
Êh boi, êh vaqueiro, montado em seu alazão
Êh boi, êh vaqueiro, o herói do meu sertão
Quando chega o dia de apartação
Vaqueirama se reúne, sai em grupo a campear
Não tem chuva, não tem Sol, mata fechada
Que impeça o vaqueiro do gado arrebanhar
Na vaquejada o vaqueiro reencontra os amigos
Boi na faixa ele quer
Mas pro vaqueiro a vaquejada só é boa
Se tiver forró, cachaça e mulher
Êh boi, êh vaqueiro, montado em seu alazão
Êh boi, êh vaqueiro, o herói do meu sertão
Êh boi, êh vaqueiro, montado em seu alazão
Êh boi, êh vaqueiro, o herói do meu sertão
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