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Liberta-me, Amor
Beatriz da Conceição
Libérame, amor
Liberta-me, Amor
Me encontré perdido en el oscuro cielo nocturno
Encontrei-me perdida no céu da noite escura
Donde te inventé en las estrellas que no vi
Aonde te inventei nas estrelas que não vi
La noche de sueño derramó ternura
A noite adormecida entornava ternura
En mi cuerpo sin ley, en mis brazos sin ti
No meu corpo sem lei, em meus braços sem ti
Me envolvió en una caricia, su inmensidad
Enlaçou-me num afago, a sua imensidão
De un silencio mayor que la desnudez de los mortales
De silêncio maior que a nudez dos mortais
Como el que traigo, hecho de soledad
Como este que em mim trago, feito de solidão
Donde el dolor se cierne por no conocerte más
Onde sobeja a dor por não te saber mais
Grité tu nombre y luego rompí con mi grito
Gritei então o teu nome rompendo com o meu grito
El vacío reflejado en las aguas tranquilas
O vácuo espelhado nas águas em quietude
El sonido desenterró mi amor afligido
O som desenterrou-me o meu amor aflito
Long se atragantó cantando con voz más grosera
Há muito sufocado cantou em voz mais rude
Amor, ven a liberarme de esta noche sin un eco
Amor, vem libertar-me desta noite sem eco
Donde estoy solo con ella y mi fado
Aonde estou a sós com ela e com meu fado
Antes de envolverme, traiga el verso en el que pregunto
Antes de amortalhar-me, traz o verso em que peço
En tu dulce voz que bendice el pecado
Na tua doce voz que abençoa o pecado
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