Contam os índios Guaranis Mbya
Que antes o céu
Era um grande imenso vazio
E se fez a luz pelas mãos de Nhanderús
O Deus supremo criador
Na dança da vida
Sintetiza os elementos da mãe natureza
Da melodia surgiu os seres Nhanderús
A terra, o fogo a água e o ar
E todas as tribos na dança da celebração
Kaiapó, Andirá, de corpos pintados festejam
Largatos no chão que rastejam
Pra sobreviver
Ardem as queimadas, vidas soterradas
Ceuci chora lágrimas envenenadas
Pela ambição do cáriua predador
Rios profanados mergulhados na destruição
Não a piracema, Samaúmas caídas no chão
Renascerão! Nhanderús
Espíritos guardiões! Nhanderús
São os peixes, anfíbios, insetos
E o pássaro da serra
Dança a dança da vida, Nhanderús
Índios de todos os clãs
Baniwa, Omáguas
Suiá, Yorimágua
Cantando as novas manhãs