Carta a um poeta

Carta a un poeta

Carta a um poeta

Ahí va la primavera aquí en el sur
Lá se foi a primavera aqui no sul
Buenos días, amigo mío. ¿Cómo estás?
Bom dia meu amigo como vais
Este chasquito que le escribo tiene deseos
Este chasquito que te escrevo tem desejos
De pennyes y ay cantan los baños
De poejos e ai cantar os banhadais
Sólo te pido que no mires el periódico
Só te peço não repares no papel
Que estas manchas son rocío matutino
Que estas manchas são orvalhos da manhã
Es sólo que el cuidado de mis amigos está emocionado
É que a cuia dos meus mates se emociona
E incluso luchar con el camaquã si pienso en Camaquã
E até briga com a cambona se eu pensa no Camaquã
Mi poeta ahora siento que lo que echo de menos es
Meu poeta agora eu sinto o que é saudade
Y la verdad de la distancia ahora sé
E a verdade da distância agora eu sei
Pero mucho peor que no tener agua mate
Mas bem pior do que não ter água pro mate
Es tener un compañero no sevar para nadie
É ter um mate não sevar para ninguém

Enviar noticias de la cordillera sureste
Manda notícias ai da serra do sudeste
De las grandes casas de la capital donde crecí
Dos casarões da capital onde eu cresci
Cuenta de pico y secretos de taperas
Conta da bica e dos segredos das taperas
Que es para el dolor de esta distancia para aliviar dentro de mí
Que é pra dor dessa distância aliviar dentro de mim

Enviar noticias de la cordillera sureste
Manda notícias ai da serra do sudeste
De las grandes casas de la capital donde crecí
Dos casarões da capital onde eu cresci
Y si eres un bandido así, visítame
E se bandiares pra esses lados me visita
Porque no puedes caber todos mis Piratini en una sábana
Pois não cabe numa folha todo o meu Piratini