Suburbana
Francisco Petrônio
Olhando o céu me demoro
Num verso triste é que eu choro
Ninguém vê o pranto meu
Há muita lágrima triste
Que em ser sorriso consiste
Como o poeta escreveu
Minha linda suburbana
Por trás da veneziana
Vem sorrir nesta canção
Com teus lábios de doçuras
Que são tâmaras maduras
Da flora do coração
Zona norte da cidade
Residência da saudade
Onde nasceu teu cantor
O teu cantor comovido
Que sonha com teu vestido
Que morre por teu amor
Olho as estrelas cansadas
Que são lágrimas doiradas
Num lenço azul lá do céu
Estrelas são reticências
Estrelas são confidências
Do meu romance e do teu
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