Cavalo Baio
Jamil Pereira
Foi por tolice ou desespero que cheguei aqui
Montado em cima de um cavalo baio
Agalopado na miragem que de longe eu vi
Me orientando no clarão do raio
No pensamento o teu rosto é o meu torpor
Me acelerando feito um disparo
Um foragido de mim mesmo, não sei mais quem sou
Corro no escuro, me escondo no claro
Vento no rosto e o sabor
Do horizonte me levar
Perto ou distante, onde estou
Tu estás
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