Os Barcos

Você diz que tudo terminou
Você não quer mais o meu querer
Estamos medindo forças desiguais
Qualquer um pode ver
Que só terminou pra você

São só palavras, texto, ensaio e cena
A cada ato enceno a diferença
Do que é amor ficou o seu retrato
A peça que interpreta o improviso insensato
Essa saudade eu sei de cor
Sei o caminho dos barcos

E há muito estou alheio e quem me entende
Recebe o resto exato e tão pequeno
É dor, se há, tentava, já não tento
E ao transformar em dor o que é vaidade
E ao ter amor, se este é só orgulho
Eu faço da mentira, liberdade
E de qualquer quintal, faço cidade
E insisto que é virtude o que é entulho
Baldio é o meu terreno e meu alarde
Eu vejo você se apaixonando outra vez
Eu fico com a saudade e você com outro alguém

E você diz que tudo terminou
Mas qualquer um pode ver
Só terminou pra você
Só terminou pra você

Los barcos

Dices que se acabó
Ya no quieres mi deseo
Estamos midiendo fuerzas desiguales
Cualquiera puede ver
Eso es un poco más para ti

Son sólo palabras, texto, ensayo y escena
Cada acto me pongo en escena la diferencia
De lo que el amor se deja su retrato
La obra que juega la improvisación tonta
Este anhelo que conozco de memoria
Conozco el camino de los barcos

Y durante mucho tiempo he estado inconsciente y quién me entiende
Obtener el descanso exacto y tan pequeño
Es dolor, si lo hay, lo intento, ya no lo intento
Y convirtiendo la vanidad en dolor
Y en tener amor, si esto es sólo orgullo
Yo hago la mentira, la libertad
Y desde cualquier patio trasero, hago la ciudad
Insisto en que la virtud es lo que es escombros
Queriendo es mi tierra y mi derroche
Te veo enamorándote otra vez
Te echo de menos y consigues a alguien más

Y dices que se acabó
Pero cualquiera puede ver
Se acabó para ti
Se acabó para ti

Composição: Renato Russo / Dado Villa-Lobos