Vai-se o ouro pouco a pouco
Dissolvido pelo ar
Toda vez que teu anel
Pões ou tiras do anelar
E também se esvai o corpo
Pouco a pouco em disjunção
Toda vez que ao por do anel
Pele em pó te escapa à mão
Tudo se desfaz
Mas os olhos sempre lentos
Não conseguem discernir
Os espólios do momento
Tudo se desfaz
Té que um dia se descerra
No desgaste dos anéis
O dissídio da matéria
Se o declínio sempiterno
Conseguires perceber
Despirás como um anel
O teu medo de morrer