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Antes Que Sumam As Estâncias
Nilton Ferreira
Antes de que los centros turísticos estén hechos
Antes Que Sumam As Estâncias
Antiguos centros criollos
Velhas estâncias crioulas
Palacios buscados
Palácios enjanelados
Primer hito plantado
Primeiro marco plantado
En el compartir de la seesmeira
Na partilha sesmeira
Eran barracones y vigilantes
Foram quarteis e mirantes
Cuando el tiempo ha antojado
Quando o tempo encrespou
Y el gaucho fue escrito
E o gaúcho se escrivou
Ampliar las fronteras
Pra alargar as fronteiras
Mirándola ver el desierto
Ao vê-la vigiando a ermo
Con la apariencia triste
Com a aparência entristecida
Dirigirse a los campos sin vida
Mirando os campos sem vida
Cómo pedir clemencia
Como a pedir-me clemencia
Mi visión es notoria
Minha visão é notória
Que estás jugando con la historia
Que tão mexendo na história
Y en el perfil de mi deseo
E no perfil da minha querência
Sólo veo fragmento
Só enxergo fragmento
De las acciones de aramados
Das partilhas aramados
Veo descendencia desheredada
Vejo proles deserdadas
Por la codicia
Pela ganância funesta
Sesmaries secos
Sesmarias dessecadas
Y la ganadería abandonada
E a pecuária abandonada
A través de la sombra de los bosques
Pela sombra das florestas
Mirando mi frontera
Olhando minha fronteira
Y a los campamentos sin campeones
E pros campos sem campeiros
Mis viejos postes de ojo
Meus velhos olhos posteiros
Derramaron lágrimas de hierro
Vertem lágrimas de ferro
Es triste mirar los cojines
É triste olhar as coxilhas
Y ver la hierba de la horquilla
E ver a grama forquilha
Convertir en papel
Se transformando em papel
Antes de que desaparezcan los centros turísticos
Antes que sumam as estâncias
Voy a volver a la esquina
Vou retornar ao rincão
Libera el alma en el campo
Soltar a alma pro campo
Y dar pasto al corazón
E dar pasto para ao coração
Del verso que es mi caballo
Do verso que é meu cavalo
Sólo para detener el trato
Só pra deixar de regalo
A los campeones que vendrán
Aos campeiros que virão
Detrás del horizonte verde
Atrás do horizonte verde
Veo a mis hijos jugando
Vejo meus filhos brincando
Te hace contar para ser reponente
Faz de contar estar repontando
Una tachuela de papel
Um gadinho de papel
Deseo que esta visión
Quem dera que essa visão
Era sólo una inspiración
Fosse só uma inspiração
Para mis líneas de cuerda
Pra os meus versos de cordel
¿No me permites que Dios vea
Não permita Deus que eu veja
Caballetes de vertederos
Cavaletes despeonados
Con lomos polvorientos
Com os lombos empoeirados
Falta el arnés
Com saudades dos arreios
Déjame morir galponeando
Deixe eu morrer galponeando
En medio de xergons mirando
Em meio a xergões olhando
Y ganchos rebobinando frenos
E ganchos remoendo freios
Te lo ruego señor de los campos
Lhe peço senhor dos campos
Déjame iluminar los versos que canto
Que alumbre os versos que eu canto
Con el resplandor de la primavera
Com o brilho das primaveras
Y para que el sueño sea completo
E pra o sonho ficar completo
No me dejes ver a mis nietos
Não deixe eu ver meus netos
Dando la casa, en taperas
Dando ô de casa, em taperas
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