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Anos Depois
Paulo Flores
Años después
Anos Depois
¿Cuánto sacrificio?
Quanto sacrifício
¿Cuántos duermen?
Quantos ainda dormem
¿Cuántos del color del hombre
Quantos da cor do homem
¿Cuántos del color de la pared
Quantos da cor do muro
Del hombre puro del futuro hombre
Do homem puro do homem futuro
Cuando han caído, muchos los han hecho caer
Quanto já tombaram tantos os fizeram tombar
Cuántas sonrisas esperando
Quantos sorrisos à espera
Esperando el tono de los ojos
Espera do tom dos olhos
De los ojos fríos y fríos sin esperanza
Dos olhos secos frios sem esperança
¿Quién hizo el sueño de romper
Quem fez partir o sonho
¿Quién hizo llorar el n'dengue?
Quem fez o n’dengue chorar
¿Cómo nos dejamos solos?
Como foi que nos deixámos sós
Cómo nos perdimos en el tiempo
Como nos perdemos no tempo
Con el tiempo nos dejamos quedar
No tempo nos deixamos ficar
Tan lejos como hace mucho tiempo
Distantes como há tanto tempo
Pregúntale al viejo negro
Perguntem ao negro velho
Lo que todavía te hace llorar
O que ainda lhe faz chorar
Si el de las corrientes
Se o partir das correntes
Las cartas de carta
As cartas de alforria
El futuro por delante de ti
O futuro à sua frente
La utopía de ser personas
A utopia de ser gente
No más sufrimiento, no más espera
Chega de tanto sofrer, chega de tanto esperar
Es hora de creer que es hora de llegar a usted
É hora de acreditar é hora de estender-te a mão
Y el fuerte viento de los bosques
E o vento forte do sertão
Y al fuerte viento de las tierras del interior responderán
E ao vento forte do sertão responderão
Monangambé
Monangambé
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