Foi o vinho da tinta no verso
E o cigarro adiava o discurso na mão
Era tinto o que era disperso
A mancha espalhada no chão

Os seus olhos brincando de tempo
Na janela, do lado de fora
Trouxe o samba em seu contratempo
Um jeito bobo de quem demora

Garrafas derramaram prantos
De mágoas, entornando a calma
Perdemos nosso acalanto
Em nome da canção que desprendeu da alma

Composição: Elisa Ottoni / Rafael Lorga