Nossa sinuca de bico
Psiconáuticos
Eu faço um samba
meu povo a história
eu saio pra rua
do pranto e da glória
Eu vejo as janelas ensolaradas
destas casas dominicais
eu vejo as gentes nas calçadas, bares
igrejas e quintais
Eu sei do samba
sofrimento e poesia
desabafa samba
teu grito de alforria
Eu canto estes versos
e me deixam cantar
mas eu não me esqueço
ontem mandavam calar
Ditavam duras regras
a quebra do protocolar
protocolando perdas e quedas
na esperança popular
Hoje eu bebo um samba tranquilo
descomprometida folia
Hoje eu bebo um samba tranquilo
liberdade assistida
Mas não há liberdade
sintonizando a sessão da tarde
mas não há beleza
pensando sacanagens
com a globeleza
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