Horrores gerando fortuna, a carne mais barata sendo transportada
Na noite, perante os céus entre gritos e açoites até o mar se cala
Em terra, uma nação unida, feliz, construída sobre corpos e sangue
Em festa, celebra a liberdade que nunca foi dada e a dor que lhe tange
Festeja o extermínio do jovem por balas perdidas que sempre se encontram
Comemora a mistura do povo pela violência e as mentiras que nos contam
Memórias tão recentes, esquecidas, perdidas, mudadas, pra calar e aquietar
Navios negreiros nas ruas, capitães do mato, mas não vão me parar

Composição: Vozes 185