Fecho-eclér
Alê Martins
Nem sempre a vida é um livro aberto
Nem tudo que se vê é o que se é
Tanto faz o errado como o certo
O importante é ter o fecho-eclér
Fechado para as coisas do passado
Aberto para o que te dá prazer
Mas como fica quem está ao lado
Ruminando ideias sem saber
Se tudo vale, ou “vale-tudo”
Se solta o verbo ou fica mudo
Se o amor é cego ou enxerga fundo
Se é a gênese da vida
Ou é o fim do mundo?
Dizem que a confiança é a pilastra
Que consegue manter tudo em pé
Dizem que a falta dela é a desgraça
Na vida do homem e da mulher
Sinceramente o preço que se paga
Só vai saber aquele que não vê
Que o tempo é curto e que tudo passa
A omissão não vai te responder
Se tudo vale, ou “vale-tudo”
Se solta o verbo ou fica mudo
Se o amor é cego ou enxerga fundo
Se é a gênese da vida
Ou é o fim do mundo?
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