Vida de Fazendeiro
Antonio Silvino Oliveira dos Santos
Moro na fazendo e me sinto seguro
Arame e estacas me servem de muro
Lá praticamente eu tenho de tudo
Tenho o conforto de primeiro mundo
Planto muitas coisas crio, uma manada
No entorno da sede uma bicharada
Que acorda cedo no romper do dia
Fim da madrugada
Tenho os meus amigos e bons empregados
Estão sempre contentes firmes no batente
Eu acordo cedo pra ganhar o dia
Tomo um café quente ali na cozinha
Olho da janela a neblina fria
Lavo minhas mãos na água da bica
Lavo o suor do rosto
Mas a saudade fica
Ligo a turbinada dou uma acelerada
Alinho as curvas da longa estrada
Ela é potente patina na areia
Atira cascalho levanta poeira
Rabeia nas curvas quando são fechadas
E os 4x4 a deixa equilibrada
Acelero fundo não posso parar
Pois, na direção vai um coração
Cheio de amor pra dar
Tenho na cidade uma grande amizade
E uma namorada que só tem metade da minha idade
Pelos os meus amigos sou admirado
Pelos os seus parentes muito respeitado
Um jantar aqui, almoço acolá
Já fico pensando, tenho que voltar
Passo ali dois dias com quem diz que me ama
E volto pra fazendo, o campo me chama
Volta carregada a carroceria
Dirijo mais calmo sem a correria
Sombra da saudade ali do meu lado
Também vai no rosto um sorriso largo
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