Pontas de Rama
Balaio de Cheiro
Eu cresci à sombra de umbuzeiros
Ladeado por mestres sanfoneiros
Tô bebendo água limpa da raiz
Vim sonhar os sonhos gonzagueanos
Safrejar o forró por muitos anos
Pra fazer o meu povo mais feliz
No calor de um baião acendo a chama
Sou faísca, ainda sou ponta-de-rama
A sanfona é o meu bem-querer
Aconchego domingos de poesia
Sivuqueio mangaios de alegria
Sertanejando frutos do prazer
Do reinado, araripe ao agreste
No sertão além-nordeste, bem pra lá do moxotó
Eu vou tocando, clareando a minha gente
Feito estrela reluzente alumiando o forró
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