Errante
Banda Terra
Só peço um bucadim de foias
Pra deitar o corpo nos gerais
Venho das preguiças tolas
No veio d’água espelho me lavar
Beijo lábios, bocas todas
Navalha do vôo capinzal
No giral do teu colar de contas
Minha ponta teu desejo natural
O homem quando faz valer a pena
Pega a fêmea, o gibão e vai correr
Pula rio, rasga a veia e ousa
Botar na lousa a lição pra gente ler
A fulô de tua beleza emana
O mel da cana a me lambuzar
Rodopiar, viver mato-cabana
Nossos destinos haveremos de buscar
Balanço, dois amô na rede
Matam a sede nos mananciais
Ideais são teus olhos verdes
Que clareiam nos relampos matinais
Cantadores, violeiros são mambembes
Giram mundo com o seu cantar
Suas violas, sua terra, sua gente
Vão no vento, razante galopar
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