Novembro Sangrento
BlackNoir
Era quase insano um dia profano sem Sol
Os anos passaram nas horas mais lentas
No banheiro escuro, num quarto seguro
No clamor barato de um silêncio de hotel
Fechou os olhos, lembrou-se de um tempo bom
Um tempo perfeito onde nada faltava
Que virou a jornada
A ira forjada
As manchas de sangue tatuadas no chão
Já esperou tanto tempo na ferrugem do aço e da dor
Mas a vida tem sempre um carta marcada
E limpou o cansaço, se tornou cangaço
Deixando um rastro de ódio sem fim
Sentou-se na praça com calma e com frio
O parque lembrava de quando era criança
E ainda tinha esperança, não só a herança da vida manchada de fúria e terror
Pegou sua arma, descarregou o tambor
E a alma macabra morreu na calçada
Era quase novembro, ainda me lembro no seu rosto o desgosto de uma vingança sem fim
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