Sublime Amor
Branco Antunes
Seus olhos falavam das mágoas encravadas
No corpo desnudo da incredulidade
Seu corpo exprimia as dores do desamor
Daqueles que ele clama perdão
Sua voz trêmula suspirava o perfume do amor
Pela humanidade embaçada na brisa do horror
Calado foi até o matadouro da insignificância
Do desprezo e da arrogância
Não recuou a lança
Dos despreparados e da vingança
Sofreu silêncio de dor
Emudeceu no lamaçal do furor
Consagrou a vida para ter
A néscia e sublime certeza
Do amanhecer em flor
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