Infinito e Circular
Gabriel Gabrera
Das obras que sopras o vento
A brisa avisa os dias leves voltarão
Revelado e velado momento
As sementes semeadas árvores cultivarão
Estações de trem, estações do ano
Ao meu plano infinito e circular
Estarei de partida, garrafa aos oceanos
Se me lembro, o Sol de setembro está no mesmo lugar
Das sobras e dobras do tempo espaço
O universo em verso recita o dia
Um novo sonho, outro pedaço
Como preguiça, como sujo na pia
Me deixo que levem, lento riacho
Ao meu despacho infinito e circular
Estarei de chegada, alguns dias eu acho
Mesmo de carona, não me abandona o nosso lar
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