O Viajante
Jairo Reis
Um cansado viajante que atravessava um deserto
De pó e suor coberto com sede e arquejante.
Nisto avistou uma palmeira ao desenhar-se no horizonte
E na sombra hospitaleira bebeu água na pura fonte.
Cansado e aborrecido fez partir do coração
Uma prece e uma oração que Deus ouviu comovido
E dormiu profundamente tempos que eu não sei dizer
E ao despertar brandamente; só despertou para morrer.
O viajante era eu, o deserto era esta vida
A palmeira eras tu querida a sombra, um sorriso teu
Tu'alma era fonte serena, teu amor era água pura
Resta-me gentil morena aos teus pés na sepultura.
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