Alimento
Bernardo do Espinhaço
De longe vejo gente,
Qual deles tem verdade
No olhar? No agir?
Que tantos se oferecem,
Mas poucos dão de fato
Atenção sem boa razão
Mas cada um sabe entregar
Um mundo inteiro ao que possa transformar
O mundo inteiro em seu próprio umbigo
Vem aqui, devo clamar
Me dá seu dizer, me olha no olhar
Aprende a respeitar o teu igual
A devolver palavra e gesto ao outro ser
Ao outro ser
Aprende, aprende a ser homem
E todos somos homens
Além de nossas vestes
Cuida pra dar como quer ter
Respeito é o alimento
Que preza pelo todo
Precede o amor, concede a paz
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