A Marca do Beijo
Paiozinho e Zé Tapera
Conheci um moço rico de belo porte, educado
E por isso pelas moça era sempre cobiçado
E sempre pensando mal as pobre moça enganava
Prometendo mil ventura e depois abandonava
E se sentiu orgulhoso por ser forte e sedutor
Com seu dinheiro comprava das moça honra e amor
Um dia num grande baile
Linda moça apareceu
Pra seu par se ofereceu
E a noite inteira dançou
Quando foi de madrugada
Que o baile tinha acabado
Muito mal intencionado
A moça ele acompanhou
Na porta da casa dela
Um beijo pra ela pediu
A linda moça sorriu
E no seu rosto beijou
Na hora que ele sentiu
Os seus lábios delicado
Sentiu o rosto queimado
E deu um grito de dor
Estava no cemitério
E aquela alma faceira
Transformou numa caveira
E na sepultura entrou
Quando foi no outro dia
Com espanto viu no espeio
A mancha rocha e vermeio
No rosto cicatrizou
Não houve doutor no mundo
Que pudesse lhe curá
Fazendo a mancha apagá
Castigo que Deus mandou
Aquela marca no rosto
Foi um grito de vingança
Das moças sem esperança
Que na vida ele enganou
Sempre foi o seu prazer
Comprar amor com dinheiro
Mas o beijo derradeiro
Foi a morte que beijou
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