Ciranda
Paulo Ciranda
Olhos embaçados de chorar
A dor de uma vida sem cor
Lábios que esqueceram de sorrir
Cantar alegria de amar
Infância, Lua cheia no terreiro
Cantigas, braços dados
Coração em paz
E ninguém é preto ou branco
Na roda todos são iguais
O anel que tu me destes na ciranda
Era vidro e como frágil, vidro se quebrou
Toda a paz que a vida trouxe
A própria vida me roubou
Quero voltar ao que eu era
Para ouvir mentiras tão sublimes
E docemente dormir
Fadas gigantes, meu Deus quero me achar
Voltar a te adorar de novo
Cantar e também sorrir
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