Odé
Pedro Logän
Quando eu ouvi Odé cantar
Eu vi a mata se abrir
Eu vi a mata se encher de flor
Para ver Odé sorrir
E quanta chuva eu chorei
E quantas gotas eu colhi
Só pra regar a sua mata, Odé
Minha lágrima feliz
A mata abriu
A mata abriu, Odé, de Oxum a flor
Eis que chuva molha minha face
Como se quisesse maquiar minha alma, e o faz
Porque de alma-minha está bêbada a chuva
Em conluio com teu Sol que evaporou minha alma ontem
Projeto minha língua ao espaço e bebo-me no ar
Esperando outra sexta, outra sesta
Para me evaporar de novo no teu colo floresta
A mata abriu
A mata abriu, Odé, de Oxum a flor
E quando eu vi Odè dançar
E sua folha em meu ori
Okê Odè, (okê odé)
Òké Aro! Ô Arolé!
A mata abriu
A mata abriu, Odé, de Oxum a flor
A mata abriu
A mata abriu, Odé, de Oxum a flor
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