A Filha do Patrão
Priminho e Maninho
No dia dos namorados
Na fazenda que eu morava
Tinha uma grande festança
Grande alegria reinava
É que a filha do patrão
Com outro ela se casava
Nós dois crescemos juntinhos
A mocidade chegava
Eu sem querer pouco a pouco
Por ela me apaixonava
Por ser um pobre peão
Tudo em segredo guardava
Por isso quando na igreja
O padre abençoava
Ela sorria feliz
O noivo lhe abraçava
Meu coração em pedaço
Dentro do peito chorava
No outro dia cedinho
O galo ainda cantava
Bambeei a rédea do pingo
Ele até relinchava
Adivinhando que o dono
Ali nunca mais voltava
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