Elegia Reflexiva Sobre O Homem e Seu Pequeno Contrabando
Sérgio Rojas
Vai um pala cor de noite
Por cima das vestes pobres
De homem que reflete
O extinguir-se dos cobres.
Nas águas remos e rumos
Nos olhos há pressas calmas
O medo flui e percorre
Os labirintos da Alma.
Uma líquida quietude
Se faz constante parceira
Sobre a linha imaginária
Que dimensiona as fronteiras
Neste ofício de segredo
O percurso é sempre mudo
Se o silêncio se dissipa
A guarda some com tudo.
E às vezes tempestivas
Surgem sementes letais
Prenhes de dor e de sangue
Por chuvas horizontais.
Se a barca for descoberta
É a morte nas corredeiras
Em um corpo que agoniza
Só pela cor das bandeiras.
O aquartelar-se nas sombras
Revela quando desfeito
Duas moedas no bolso
E grãos de chumbo no peito.
Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Sérgio Rojas e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: