Borboleta Triste
Biá e Dino Franco
Borboleta triste de asas reluzentes
O que na alma sente não sei decifrar
Talvez seja anseio de um amor oculto
Que ficou sepulto com a dor de amar
Borboleta triste de azulada asas
Por que tu não casas tua dor a minha
Viver a procura de um perdido sonho
Eu também tristonho busco a paz que tinhas
Vejo que divaga na distância a fora
Procurando auroras de ilusões distintas
Quando despedires alerta meus passos
Talvez nos meus braços outro amor pressinta
De um amor antigo vives prisioneira
E tens por companheira erma solidão
Como tu que ocultas tua dor no cofre
Também clama e sofre o meu coração
Saibas que padeço dores tem alivio
Buscando convívio nas esquivas aves
Sinto as mesmas dores que tu sentes na alma
Sem fluir a calma das manhãs suaves
O meu sofrimento talvez compreenda
E por novas vendas leves o meu ser
Borboletas triste se comigo casas
Sobre tuas asas desejo morrer
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